domingo, 14 de dezembro de 2008

Universo extremo convulcionando!!!


Uma narrativa sobre sexta feira:
Dia comum, sem novidades e sem nada de mais, até que eu me vi atrasado para pegar o ônibus para ir ao show.
Isso se deu ao fato de eu ter ido até a casa da minha mãe, meus planos eram de pegar o onibus na esquina da casa dela, maaaas, ela me deu um chocolate, tive que vir até a minha casa pra guardar a especiaria, senão além de moido durante o show, ele teria sido devorado por alguém caso caísse do meu bolso, e era um daqueles tabletões consideráveis, não um chocolatinho qualquer.

Pausa para os comerciais:
Bathory - Twilight of the Gods

Peguei o transporte publico, segui ao terminal, lá peguei na seqüencia o expresso e do expresso no outro terminal, peguei o Barcelona, tudo sem ter que esperar nada, muita sorte!
O Barcelona estava forrado de gente que ia pro show, a maior parte eu nunca tinha visto na vida, amigos? nenhum, conhecidos? um no máximo...
Entrei no Carroção, á dentro encontrei dois amigos, um casal na verdade, não não, um cara e uma mina, pelo amor de Deus né? eu tenho que detalhar tudo???

Plim Plim:
Venom - Black Metal

Vamos logo ao que interessa...
Amigos chegando, vários, muitos!
Até a Marcela, que já fazia um ano e dois meses maaais ou meons que eu não via, foi muito bom matar a saudade daquela cabeçuda.
Tirei foto com Deus, é!! com Deus! nunca ouviu falar no cara? hahahahahaha (né Deus? Deus sempre olha meu Blog, aliás, se é Deus, ele olha todos! hehehe).
Enfim, rolou as bandas, nenhuma me surpreendeu, mas... bom, melhor parar por aqui de falar sobre as bandas.
Passei boa parte do show conversando com alguém que me é muito querida, gosto demais dela.
Eu devia ter levado uma maquina fotografica, perdi de tirar uma foto com ela, merda!

Intervalo:
Hirunobu Kageyama - Pegasus Fantasy (essa é pra você Gardenal!)

Acabou o show, acabou o papo, bom, na verdade não acabou o papo né, com ela eu converso pela eternidade e falta tempo ainda.
Mas enfim, resolvi voltar embora a pé.
Sai caminhando, peguei sentido que o onibus faz, trajeto mais longo sim, mas as vezes não sabemos o porque de fazermos algo.
Chegando num trecho, adentrei numa grade que tem numa rua e cruzei os trilhos do trem no meio do escuro da noite, para entrar numa viela que por ali serpenteia pra dentro do bairro, meu plano era de lá seguir por dentro do bairro e chegar mais rápido ao caminho de meus planos, por ele eu seguiria praticamente em linha reta até o terminal, se já houvesse ônibus eu pegaria algum, senão... eu seguiria andando até o próximo terminal, e dele a mesma idéia, caso houvesse ônibus... enfim.
É nessa hora, após passar pelos trilhos que a magia começa...

Mas antes, uma palavrinha dos nossos patrocinadores:
Slaughter - Real Love
Tinha outro som que eu tava querendo falar, mas na verdade esqueci o nome da musica hahaha

Ao atravessar a grade, me posicionei no meio da rua, eram mais ou menos 4:30 AM... caminhei cerca de 200 metros e vi no meio da rua também, logo a frente um gato, deitado como se estivesse dormindo, e segui em sua direção.
A rua estava tão silenciosa que era possível escutar o som de carros passando muito ao longe... so outro lado do rio que margeia o bairro e do outro lado a grande avenida que comporta o terminal em que eu seguiria.
Ao chegar mais perto, sempre andando calmamente e silenciosamente, pude escutar uma respiração forte, nervosa na verdade, era do gato... um gato siamês gordo e forte, muito bem cuidado e limpinho, deitado de lado, seu rosto virado para mim, seus olhos já quase sem vida, olhando vidrados pro nada.
Aos ouvir os pedriscos comprimidos no chão, que meus passos ressoavam espontaneamente ao chegar pertinho dele, ele deve ter sentido um medo tão grande, arfando imovel, estava ali entregue a morte, no chão, proximo de seu rostinho uma grande poça de sangue... já coagulado e frio.
pelo que constatei o atropelamento ocorrera a um bom tempo, ele estava quase partido ao meio, seu ventre estava esmagado e ele não tinha chance nenhuma de sobrevivência.

[...]
Manowar - Brothers of Metal

Me senti muito mal por não ter como ajuda-lo, então fiquei com ele um tempo, guardando e velando sua alma, para que não se sentisse sozinho nessa hora tão dificil, ao não se sentir mais sozinho, ele finalmente se entregou a morte, e então eu segui meu caminho.
Acabei encontrando uma praça grande, pista de caminhada e cheia de rampas de skate e quadras de esportes.
Um grande lago e do outro lado, por incrível que pareça, a rua que fica quase ao lado do carroção, não sei como, mas acabei fazendo esse grande contorno pelo bairro, e só para amparar um aventureiro moribundo que andava em 4 patas.

Musica:
Judas Priest - Pain and Pleasure

Me sentei num banco por um momento e depois segui viagem, chegando ao terminal, me deparei com um onibus chegando junto comigo, era o Barcelona, nele, meus companheiros de peleja, amigos ou não, parceiros da noite, e parceiros daquela noite de metal.
Entrei no expresso com eles, segui calado até o outro terminal, era como se um grande amigo meu tivesse morrido bem na minha frente.
De lá, me despedi de quem merecia e voltei a minha morada.

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