terça-feira, 12 de novembro de 2013

Texto Descritivo

Neste exercício, deveríamos fazer um texto descritivo, sem contar o nome da pessoa a qual estamos contando suas características, para que os outros alunos tentassem descobrir, este foi o meu texto.

Um doce de pessoa

Mais azeda do que limão, com temperamento forte, de difícil agrado.
Talvez pelo de sua cabeça, que lembra um coco jamaicano, ou do cabelo, que lembra um espinafre, e de difícil convivência.
Um metro e cinquenta de pura maldade, igual a um camelo no cio.
Longe de ser a Eva, mas é tentada pela maçã.
Sorriso da ariranha radioativa e com voz que logo de manhã parece de uma gralha.
Ensina sua matéria com entendimento do visconde de sabugosa, descrevendo o chapolin colorado.

Intertextualidade

A professora nos pediu que criássemos alguns textos curtos, contendo intertextualidade, aqui misturamos a nosso gosto, histórias infantis com qualquer outra coisa, criando assim histórias desgraçadamente trágicas e cômicas.

Os 7 cafetões

Uma meretriz e seus 7 cafetões viviam em grupo fechado no qual a garota branca pálida de aparência morta trabalhava para o seu sustento.
Cada um do 7 cafetões com sua personalidade própria.
Enfim ela veio a falecer devido a ritmo frenético do seu trabalho.

Feijoão e o portal

Feijoão e sua mãe, dona Feijoada, resolvem vender sua vaquinha para trocarem por comida(carne humana), mas só conseguem um ovo podre, que cai e suja o lugar todo, o mau cheiro abre um portal para uma dimensão de pigmeu canibais.

AK47

Matadora de aluguel, garota de touca vermelha, impossível de identificação, carregava seu rifle de assalto Russo AK47. Sua vó contratou para um serviço, matar o chacal, que vivia pela redondeza.
Sua vó não efetuou parte no pagamento, foram o chacal e sua vó vestir o paletó de madeira.

Raulzél

Raulzél vivia trancafiado em um poço profundo até que um dia uma princesa o encontrou graças ao meau cheiro que ele exalava. Apaixonados, ele joga suas duas tranças suvacais para cima , e ela o puxa, assim fogem para a Paraíba e se casam.

A bela travestida

O dono da fábrica Ferrari dá uma festa e nela se apaixona por uma moça que calça número 48.
Ela corre dele, mas deixa sua chuteira no chão.
Ele a procura e quando encontra, descobre que ela é um travesti.

Desautomação da Linguagem

A nossa professora pediu que criássemos desautomações para as seguintes palavras: Paz, Maca, Mulher, Sexo, Ódio, Lua, Pterodáctilo, Isótopo, Prosperidade e Namorado.
Como se fosse uma explicação do dicionário, porém, de forma desautomata, como no poema de Manoel de Barros:
"Sol: s,m. Quem tira a roupa de manhã e acende o mar. Quem assanha as formigas e os touros. Diz-se que se a mulher espiar o seu corpo num ribeiro florescido de Sol, sazona. Estava Sol: o que a invenção de um verso contém."

E lá vão os meus:

Paz: que jorra pela vielas viscerais na sua cor vermelha feito rastro de pólvora.

Maca: objeto estático metálico sem função e nem de observação, serve para não compreensão humana.

Mulher, Artigo bélico de destruição em massa, de auto destruição e de beleza única. Tem fome por roupas e sede pós vaidade, não se cria, não se domestica, só se observa, só se adora.

Sexo, vende, troca, financia, ar condicionado, bancos de couro, airbag, ABS, alarme, rodas esportivas, suspensão preparada, motor turbinado, coisa rara!

Ódio, limite entre o suportável e o insuportável, a linha que, se parte, o cúmulo passado do ponto, a gota de água, quando não tem volta e nem outra emoção cabível.

Lua, crescimento anual de 12 centímetros, cortados na época certo provêm crescer forte e vigoroso. Pois o corte errado quedas aconteceram mediante a sua escuridão.

Pterodáctilo, É um frango escamoso e pré-histórico cujo bico bica, o pé cisca e as asas batem, tal qual um frango pré-histórico e escamoso.

Isótopos, ser rastejante de aspecto rugoso. Vive em condições extremas mas sua criptonita é o lutador de boxe de só um braço. Que ingere diariamente para seu suplemento.

Prosperidade, Entidade sobrenatural, prima distante da luxuria, caminha lado a lado com a fartura e às vezes é vista com o Papai Noel, visita os ricos e cospe na casa dos pobres.

Namorado é o Saci de kichute. Ser lendário, muitas mulheres desejam, mas com aquela pitada sempre montado em sua Ferrari 458 bi turbo que só em sonhos é possível  realização.

Roteiros com Arquétipos

A professora nos pediu que criássemos um roteiro para cada um dos seguintes arquétipos ocidentais:
A Grande Mãe, o Grande Pai, A Prostituta, O Herói - Guerreiro, A Donzela e O Mágico.
São comerciais curtos, descritos bem diretamente e com bastante simplicidade de entendimento.

A Grande mãe

Cena 1: Em um balcão de bar, está sentada uma loira, vestida discretamente, com bobis nos cabelos.
Cena 2: O mesmo local, se aproxima o barman cantando "You must remember this...".
Cena 3: Ela olha para ele e fala "Toque mais alto sam".
Cena 4: Ele recomeça a cantar, a cena vai ampliando, mostrando o bar todo, e desfocando.
Frase: "Sorria dois mil", porque só é surdo quem quer.

O Grande pai

Cena 1: Entrada de escola, com muitas crianças entrando, no meio delas, uma caminha de mãos dadas com a mãe.
Cena 2: Close nos dois, a criança com os olhos chorosos olha para mãe e fala que está com medo.
Cena 3: Rua, um carro estaciona e desce o pai.
Cena 4: A mãe fala "mostra pro seu pai que você é corajoso como ele".
Cena 5: O menino sorri, limpa os olhos, se vira e corre com cara de bravo para dentro da escola.
Frase: Pai, não precisa nem falar nada, que já resolve tudo.
(Quem vê pensa né?)

A Prostituta

Cena 1: A prostituta ao super mercado.
Cena 2: A prostituta chega ao caixa.
Cena 1: Ela diz: É melhor prevenir do que remediar com preservativos Olla.

O mágico

Cena 1: Vidro do para-brisa do carro todo sujo.
Cena 2: Vendedor no semáforo segurando super produto de auto-limpeza limpa vidro 3M.
Cena 3: Por favor cliente experimente o nosso produto.
Cena 4: Como um toque de mágica tudo ficará limpo.

A Donzela

Cena 1: A linda bela Donzela entra nas lojas Renner.
Cena 2: A busca não era pelo príncipe encantado.
Cena 3: A vendedora percebe a busca da Donzela e pergunta, "precisa de ajuda?"
Cena 4: Procuro meu primeiro sutiã e não o príncipe encantado.

O Herói - guerreiro

Cena 1: Selva, entre as folhas surge um homem todo camuflado.
Cena 2: Outro homem aparece, barba mal feita, passa a mão no rosto e faz uma careta.
Cena 3: O primeiro homem ergue o braço, em sua mão uma lamina de barbear, um brilho artificial bem no aparelho de barbear.
Cena 4: O garoto faz cara de desconfiado.
Cena 5: O homem gira o braço, as arvores e plantas caem como se tivessem sido decepadas.
Cena 6: O menino pega a lamina da não do homem.
Frase: Gilette, sua melhor imagem! Gilette (música ao fundo)

Exercício de Percepção e Criatividade ou de linguagem Verbal e Midiática?

Títulos bizarros a parte...
A proposta da professora foi que nós escrevêssemos "motivos" que respondessem a palavra chave, mas que fosse da seguinte forma:
3 respostas que fossem coerentes, 3 que fossem não tão coerentes e finalmente 3 que fossem completamente contrárias e/ou absurdas, as palavras pedidas foram: Amar, Viver, Estar, Apagar e Sofrer.

Abaixo segue as minhas respostas...

1.1 Amar: por paixão / Amar por adorar / Amar por gostar
1.2 Amar: pela flecha do cupido / Amar por costume /  Amar pelas características
1.3 Amar: para matar / Amar porque choveu / Amar virou lenda

2.1 Viver: feliz / Viver satisfeito / Viver com alegria
2.2 Viver: doente / Viver triste / Viver mancando
2.3 Viver: morrendo / Viver frustrado / Viver trancado no banheiro

3.1 Estar: presente / Estar vivo / Estar por perto
3.2 Estar: ausente / Estar faltando / Estar crendo
3.3 Estar por dentro / Estar por fora / Estar faminto

4.1 Apagar: a luz / Apagar a vela / Apagar o texto
4.2 Apagar: o mundo / Apagar a memoria / Apagar as pegadas
4.3 Apagar: o sol / Apagar duas vezes / Apagar a borracha

5.1 Sofrer: por alguém / Sofrer por desgosto / Sofrer por dor
5.2 Sofrer: por comer / Sofrer por amar / Sofrer de dormir
5.3 Sofrer: de alegria / Sofrer de rir / Sofrer aliviado

Urna funerária de luxo

Esse texto que foi pedido pela professora, era pra ser uma criação de anuncio, ela deu alguns temas, o que eu e meu amigo pegamos, foi sobre criar um anuncio de uma urna funerária.
Algo inusitado, inseri uma marca famosa e bolamos Slogan, descrição e o conteúdo do anuncio...

Urna funerária de luxo

a) Marca: Punho de aço.
b) Nome: Urna UFC.
c) 2 metros por 90cm e 40 cm de altura em titânio.
d) Slogan: Seja campeão até na morte.
e) Titulo: Eterno.
f) Para qual tipo de público: Para que venceram na vida em todos os sentidos.

1º parágrafo Prometemos a eternidade, porque dura tudo isso.
2º parágrafo: Urna feita de titânio estilizada com adereços UFC. Combinam com tudo, inclusive com você.
3º parágrafo: Para que esperar morrer para comprar? Adquira já a urna dos campeões, Urna UFC.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Auto retrato falado

Venho de um bairro sujo e esquecido por Deus, no âmago infecto de São Paulo.
Meu pai só me procurou duas vezes na vida, a segunda foi para pedir dinheiro.
Me criei entre o limiar do carinho materno e da maldade das ruas.
Aprecio a sensatez dos sábios e a loucura dos poetas.
Me procurei e quanto mais o fiz, mais me senti perdido.
Não estou nem na pior e nem na melhor fase da minha vida, e agradeço por isso.
Agora os dias passam mais rápidos, e as noites mais claras.
Estou sozinho em meio a uma multidão.
No meu morrer não sinto nada, e sinto falta de sentir, e sinto falta de sentir falta de sentir.

Hai Kai

Post sobre Hai Kai, quer dizer, os que eu fiz na aula da professora Miriam, devo dizer que adorei demais esse negócio.
Antes dessa aula, eu só conhecia a Banda Haikai, mas após a aula, passei a admirar imensamente esta obra de arte em forma texto.
O Hai Kai tem várias regrinhas, não vou me aprofundar pra não deixar isso muito extenso, mas consiste basicamente em 3 linhas, onde a palavra da primeira rima com a da terceira, e na segunda linha, a primeira palavra rima com a ultima.
Existe também a regrinha das silabas, no brasil não é sempre utilizada, alguns meus seguem, é o seguinte, primeira e terceira linha contendo 5 sílabas, e a segunda linha contendo 7 sílabas.
Os temas sempre são profundos, apesar da limitação das palavras, porém, fugindo do comum, a minha primeira não tem nada de profunda e nem de poética.
Enfim, pra quem não conhece, pesquise, vão adorar, e aqui, segue os meus.

Acordei
Oloco, um ronco?
Peidei

Vento cortante
cortina que serpentina
Céu diamante.

A classe vazia
ruídos, são distintos
alguém! companhia.

Teto cimento
medo, desabamento
humor cinzento

Vozes suaves
Influencias que dão
é um conclave

G 76

Proposto pela minha professora de Linguagem Narrativa e Midiática criar uma bula de remédio, no qual o remédio é baseado naquele que escreve a bula, no meu caso, EU.
Gostei de fazer, faltei na aula seguinte, mas fiquei sabendo que ela leu em classe e o pessoal gostou.

Bula de Remédio:

G 76

Composição:
100 kg de Cérebro;
20 kg de Bacon.

Indicações:
G 76 é indicado para cura de mau humor, depressão, solidão, burrice, insônia e medo agudo de filmes de terror.

Contra Indicação:
G 76 é expressamente conta indicado para pacientes masculinos (caem os dentes), crianças (abaixo de 18), plantas, animais (domésticos ou não) e idosas (múmias).

Precauções/Advertências:
Guardar sempre o seu G 76 em ambiente ventilado, com televisão, video game e comida.
Não tente ligá-lo na tomada, nem tente cortá-lo ou furá-lo.

Interação medicamentosa:
Nunca misturá-lo com outros homens, nunca misture-o com travestis, nem mulheres barbadas.
G 76 tem seus efeitos diminuídos em pacientes com TPM.

Reações Adversas:
Sorriso diário, gargalhadas aleatórias, palpitações, suspiros de saudade, fome de sabedoria, medo de tapioca e amor próprio renovado.

Posologia:
Conversar periodicamente para 20% de efeito.
Agarrar periodicamente para 40% de efeito.
Beijar periodicamente para 60% de efeito.
"Pula" periodicamente para 120% de efeito.

Superdosagem:
Pernas bambas, crise de saudade e falência múltipla de pensamentos que não sejam sogre G 76.

Apresentação:
G 76 é o remédio feito por cientistas brasileiros, na intenção de proporcionar ao paciente a cura para todos os problemas psicológicos e emocionais em curto tempo de uso e a longo prazo faz cura definitiva.
Produto feito com total dedicação, só aceite original!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Enumerativo...

Esse é um Texto Enumerativo, o tema, ou palavra usada foi:

Felicidade

Amigos, risadas.
Video game, fases difíceis, conquistas.
Viagem, cidades, lugares, acompanhado é melhor.
Doces, salgados, de graça, pudim.
Sombra, caminhada, paisagem, água fresca.
Bombinhas, música, bicicleta.
Primos, vizinhos, gente desconhecida.
Feiras, compras, vender.
Infância, adolescência, velhice.
Namoro, filhos, ensinar, aprender.
Conquistar, ver conquistas, ser conquistado.
Shows, desenhos animados, gibi, revistas.

Escrita automática

Se não me engano é esse o nome desse "exercício", a minha professora sugeriu o seguinte...
Você pega o papel, acerta ele na sua frente, caneta em punho, respira fundo e começa a escrever tudo e qualquer coisa que vier a mente, sem parar, sem pensar, sem nada, só deixa rolar o que sair...
Digamos que o meu ficou pesado pra caramba, é o que vem de dentro, quem se horrorizar, me desculpem... mas esse sou eu.

Lá vai...

Caos caos, musica maldita, bundas, lindas, amo bundas, solo desgraçado, vagina, filhos da puta, caralho dos infernos caos diabo solidão caos caos caos diabo verde cu sujo cheio de bosta dos infernos caos caos caos amigos amigos amizade, saudade solidão inferno mundo de merda, injustiça, tristeza, solidão coceira no pescoço, podia ser pior, podia ser no toba hahaha. Sem criatividade, solidão, frio, caos, merda, merda, injustiça, heróis, solidão, triste, inferno, solidão, solidão solidão, solidão, caos, injustiça, muda muda muda mudaaaa tudo, solidão, inferno, tristeza, caos, merda, injustos burros, merda, injustiça, idiotas, inferno, solidão, tristeza, compaixão, inferno.

Bem... é isso, só acrescentar aqui que levei um bom tempo traduzindo o garrancho que estava na folha.

Necrológio

Esse que segue é o meu primeiro trabalho na matéria de Linguagem Narrativa e Midiática.
Se trata de um Necrológio, eu não conhecia, mas achei muito interessante.
Consiste basicamente em:

Narrado em 3ª pessoa, o narrador não participa, é um relato sobre o personagem principal.
O tempo, teoricamente é o presente, mas relata sobre o passado.
Pode ser um texto poético, dramático, de humor... enfim.
E o nome meio que já diz do que se trata, sobre o enterro do personagem, no caso, EU!

E antes de começar o texto, rolou depois uma tirinha de 3 quadros, "resumindo" toda a história.

Necrologia.


O dia amanhece nublado, sem chuva, houve neblina em alguns lugares onde o sol lançou seus raios.
Um cemitério comum, uma cova comum.
Ali se encontra a mãe e o filho de Guilherme, ambos cabisbaixos, chorosos.
Em sua volta, vão chegando várias pessoas, de todas as crenças, cores e idade, mas em sua maioria, pessoas usando preto, várias vestidas com camisetas de bandas de Rock, Heavy Metal, Thrash, Black e até mesmo de Hard Rock.
O raio do sol incomodando, o vento frio forçando a todos a não tirarem os agasalhos, pra não dizer as mãos prevenidas com guarda-chuvas, que naquele dia não viriam a usá-lo.
Um zumbido incessante de abelhas ao longe, provavelmente sua colmeia foi estabelecida por perto graças à posição estratégica das dezenas de flores postas diariamente e aleatoriamente naquele lugar que para a maioria das pessoas só lembra a morte.
Ali, próximos ao caixão de Guilherme, estão se aproximando algumas pessoas que o consideravam um grande amigo, outros, só passando para matar a curiosidade mórbida.
Alguém comenta:
- "Parece tranquilo, parece que está até rindo".
Outro responde:
- "Ouvi uma vez minha avó dizer que quem tem uma vida sofrida, quando morre fica assim".
Se fez silêncio, alguns choros ao fundo, em algum canto duas crianças brincam, a mãe chama a atenção.
Do nada, altamente se sentindo inquieto e sem assunto, alguém diz para a pessoa ao lado:
- "Velhinho, onde se vende cerveja nessa bagaça? vamos procurar".
Em outro canto, um grupinho recém formado por mulheres que nunca se viram, conversam:
- "Ele morava na minha rua quando éramos jovens, ele era muito engraçado".
- "Ele dizia brincando que éramos irmãos, pior que sinto que perdi meu maninho mesmo". - Outra replica.
- "Eu não o via desde 2009, sempre saíamos pra ir nos rolês, mas comecei a namorar e...".
- "Cara excelente".
- "Era isso que ele falava, "excelente" hahahaha...".
- "E o "relaaaaaxa" que ele falava".
- "Ele sempre me ouvia, quando eu tava mal".
Em outro canto, pessoas abraçam a mãe e familiares do finado.
- "Como ele é parecido com o pai, seu pai uma vez pulo do palco lá do alto, de pé no publico, foi o unico "Mosh" da história que eu vi assim".
- "Devíamos tocar Venom, cara, ele ia gostar".
- "Só que todo mundo ia reclamar". - Outro responde.
- "Eu não sabia que o nome dele era Guilherme".
- "Pra mim era Manoel".
- "Morreu do quê?".
- "Não sei, e interessa agora?".
- "Interessa que morreu só, vai fazer falta".
Para alguns pareceu rápido, para outros pareceu longo o enterro, para outros ainda só serviu para faltarem no trabalho.
Mas para alguns foi realmente um dia triste e sombrio.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Web Série: Os meia bunda no país dos poposudos

Saudações a quem entra aqui, hoje postarei um roteirinho que fiz sobre a criação de uma Web Série, aquela coisa famosa que já tem aos montes no Youtube, alguns talvez conheçam como Websode, e tantos outros nomes.
Recomendo os do Walking Dead, que contam sobre a moça da bicicleta e um que mostra um maníaco que... bem, melhor eu não contar, pra não estragar a surpresa. ambos são em 5 partes (ambos? não lembro agora, procure!!)
Só sei que esta Web Série tem 5 episódios, leia porque está na integra!


Web Série:Os meia bunda no país dos poposudos



Enredo:
A série consiste em alguns rapazes, com idade entre 17 a 22 anos, adolescentes entrando no mundo da responsabilidade, de arranjar emprego, ir pro tiro de guerra , tirar carta, entrar pra faculdade e demais situações novas para eles e de tamanho estresse emocional.
Uma apologia à banalização em geral e uma crítica ao olhar social perante os valores.

Curiosidades:
Os cinco estágios da morte foram acoplados nos episódios de forma sutil para criar um desafio a mais em cada episódio.

O porquê deste nome para a Web Série:
A ideia de que um “novo mundo” de ações rápidas e enérgicas se abrem aos personagens, que estão abandonando a adolescência, se sentem em desvantagem diante dos mais velhos, se sentem sem sorte, sem amparo e sem um feedback para encarar coisas que antes eles não pensavam, ou que eram tratadas pelos pais.

Personagens principais:
Matheus Querubim Cordeiro, 22 anos, religioso, fã de quadrinhos antigos e de vídeo game dos anos 90, tem vários irmãos, e todos tem nomes bíblicos.

André “Téquinho” de Oliveira, 17 anos, caçula entre 3 irmãos, apegado à família, caseiro e romântico, tem 3 cachorros (pastor alemão) , chamados Téco, Volponi e Neguinha.

Roberto “Roberval” Zambianchi, 19 anos, guitarrista, adora Heavy Metal, criado por mãe solteira, filho único, rebelde, tem uma cadelinha vira latas chamada Pan, vive sozinho pois a mãe trabalha fora o dia todo, repetiu três vezes a sétima série.

Marcio “Marciano” Arantes, 18 anos, cdf, adora futebol, tem uma irmã mais velha chamada Marcia por quem todos os meninos babam, porém ela tem 15 anos e é casada.

Personagens secundários:
Dona Danieli, 40 anos, mãe de Matheus, carinhosa e dedicada ao lar.

Juíz de Trânsito (sem nome), cara de poucos amigos, gorducho e resmungão.

Renata “Rê”, 16 anos, a bonitinha da rua, não olha na cara dos meninos, suspira por motoqueiros aleatórios que passam pela rua.

Cristiane “Cris”, 18 anos, moça com um corpão, o que a torna um paradoxo pros meninos.



Episódio 1: Adeus Volponi.

Na escola, André, Roberto e Marcio se encontram no corredor da escola, André está pálido e de cabeça baixa, Marcio pergunta o que aconteceu e André fala sobre a morte de Volponi, seu pastor alemão mais novo.
A indignação dele é sobre o porquê de Deus levar o cachorro mais novo, “ele nem estava doente, tinha muito a viver ainda”.
Marcio se compadece, Roberto já fica com risinhos de sarcasmo e de afasta, mas ele pensa enquanto caminha para longe dos dois que não existe Deus, e que o menino é fraco.
Todos entram em suas respectivas classes ao soar o “sinal”, Roberto tem outras preocupações ocupando sua mente hoje.
Enquanto isso, Matheus em sua casa lê quadrinhos, sua mãe comenta com ele o que será da vida dele se ele não se cuidar e parar de “ler aquelas porcarias”, ele fala que não quer saber de faculdade, pois isso não dá futuro, ele comenta que vários conhecidos trabalham sem ter diploma, e que tantos se formam e nem trabalham na mesma área.
Dona Danieli sabe que não é assim, mas seu filho se recusa a aceitar a verdade, ela tenta em vão convence-lo, mas ele se fecha em seu mundo de quadrinhos e a ignora.
Mais tarde no mesmo dia, no Tiro de Guerra, uma longa fila e entre os garotos, Roberto agora está nervoso, quase tremendo, ele não quer servir o exército, pensamentos de que aquilo não está acontecendo com ele, devido à falta de informações, ele não compareceu no ano correto e agora sente que não terá escapatória.
O Episódio acaba com ele sendo entrevistado por um responsável do alistamento com cara de bravo e Roberto fazendo negação com a cabeça.

Episódio 2: Revoltados.

Os quatro garotos estão reunidos na frente da casa de Márcio; eles comentam sobre a sorte de “Roberval” ter se livrado do alistamento, comentam sobre o juramento à bandeira.
Matheus é ridicularizado devido ao nome altamente Bíblico que tem, e é defendido por Cristiane, que está passando e resolve tomar partido em defesa do menino que aliás, frequenta a mesma Igreja, ambos saem do local conversando. Ela muito brava com o que viu, apesar dos meninos saberem que é tudo uma brincadeira, mas Matheus se aproveita da fúria da menina para se aproximar dela; os outros meninos ficam com raiva da malandragem do “menino certinho”.
Na esquina, mesma rua onde os meninos estão, uma moto vira e no portão Renata é só sorrisos, porém, o motoqueiro passa direto sem nem vê-la. Ela entra bufando pra dentro de casa, os meninos veem a cena e gargalham.
Em casa, Matheus entra bravo, não fala com ninguém e se tranca no quarto, liga o vídeo game, coloca um jogo de luta, a mãe bate na porta e já vai entrando.
Ela pergunta o que foi. De costas, Matheus enxuga as lágrimas, e sem se virar só fala “nada, é só a Cris que não liga pra mim”.
“Não acredito, ela sabe que você é um moço legal e honesto”
“Mas ela me falou que eu não tenho futuro”
O episódio finaliza com Dona Danieli abaixando a cabeça, ela fala baixinho “entendi, tudo vai dar certo quando for a hora” e vai saindo do quarto, sem ter nem tirado a mão da maçaneta.

Episódio 3: Negócios à parte

Márcio está em uma rua, lotada de figurantes e carros passando, é mais um exame da autoescola, o terceiro para falar a verdade, ele está desesperado pois não entende como pode ser reprovado sempre.
Quando chega a vez dele, todo cheio de sono, entra no carro, e começa a ajustar o banco, o espelho e verifica tudo várias vezes, o Juíz com cara de poucos amigos solta “É pra hoje? Não sei se você viu, mas tem muita gente esperando e eu quero ir embora pra casa ainda hoje”.
Márcio sai com o carro, pensamentos em off durante o percurso sobre estar fazendo certo e estar fazendo errado, tentando se acalmar dando conselhos a si mesmo, então o carro morre.
O Juíz cruza os braços e antes que possa falar alguma coisa, Marcio rompe em lágrimas...
“Por favor, eu não entendo o que está acontecendo, eu treinei todas as aulas, o carro está diferente, eu não tenho mais dinheiro para pagar aulas e eu preciso tirar esta carta, senão nunca vou conseguir o emprego que minha irmã me indicou, eu faço qualquer coisa, mas deixa esse simples erro pra lá, eu prometo que...” Ele é interrompido pelo Juíz que o manda seguir viagem.
Outra cena, na rua dos meninos. Roberto oferece 10 reais em troca dos negativos de fotos do casamento da Marcia, que está em posse de André.
“Não sei, se o Marciano descobrir que eu te vendi isso, ele vai brigar comigo”.
“Se você não vender, ele vai saber que você tem isso guardado, vai dar no mesmo”
“Tá legal, você me convenceu”
“Mas me fala, como você conseguiu isso, Tequinho?”
Uma “flashback” narrado em off por André mostra que ele encontrou na rua, em um dia em que os lixeiros passaram recolhendo os lixos e do nada um pacotinho com os negativos caiu fora de um dos sacos.
O episódio termina com Marcio chegando, os meninos escondem o dinheiro e os negativos de foto, pra desconversar, perguntam como Marcio se saiu, e ele franze a testa e fala “rodei de novo”.

Episódio 4: Acompanhado da solidão.

É noite, na casa de Roberto, com os meninos reunidos escutando Black Sabbath na sala.
Roberto com sua guitarra desligada acompanhando a base da guitarra, André com cara de assustado, olhando o relógio cuco por cima da estante de vime, se levanta e fala que vai embora, o som está alto e ninguém escuta.
Chega o momento do Solo da Guitarra, quando em close Roberto começa a acompanhar o solo; a música some.
Todos se viram e é André, de pé do lado do aparelho três em um típico cos anos 90, que abaixou o volume dizendo que está indo embora, que sua mãe vai ficar preocupada.
Os outros falam que é cedo, ele retruca que vai alimentar o Téco e a Neguinha, alguém comenta sobre o apelido dele ter alguma referencia com o nome do cachorro, todos riem.
André faz cara de triste, comenta que a Neguinha está estranha e tem medo que ela também morra, e com essa fala ele se vira e vai embora.
Quando o volume vai ser regulado novamente, o telefone toca, é Dona Danieli perguntando sobre Marcio, o menino se levanta, despede-se e caminha até a porta. Antes de ir, ele se vira e fala que precisa treinar mais com o carro, afinal, só assim ele vai conseguir tirar a carta de motorista. Então Matheus fala que vai embora também, pois se lembrou de que a assinatura semanal dos quadrinhos de super heróis está atrasada, e quer conferir se já chegou enquanto esteve fora.
Roberto balança com os ombros, enquanto faz com a cara um quê de “e daí que todos estão indo”.
Então ele sobe o volume, coloca pra tocar desde o começo...
Sua mãe chega, pede para desligar, que os vizinhos vão reclamar.
Ele desliga com raiva e se tranca no quarto.
Amanhece o dia, Roberto se levanta, ergue o cobertor e lá está sua cadelinha. Ele dormiu abraçado com ela, então, ele vai até a cozinha para comer alguma coisa e vê um bilhete da mãe, dizendo que está triste pois eles não conversam mais, e avisa que tem comida na geladeira, e “é só aquecer no micro-ondas”, ele faz cara de pouco caso.
O Episódio finaliza com ele indo para a escola, lá, Roberto repara que Renata está olhando para ele.

Episódio 5: Seja bom ou seja ruim, o futuro nos aguarda.

Na Rua, Marcio está feliz contando a Matheus que finalmente tirou a carta, e Matheus feliz também comenta que finalmente Cris aceitou sair com ele.
“Ainda é cedo pra dizer qualquer coisa, mas acho que finalmente as coisas estão dando certo pra gente”.
Os meninos olham para o outro lado da rua, na casa de André, o menino está sorrindo com 3 filhotinhos de pastor alemão no colo.
“Então é por isso que a Neguinha estava estranha esses dias né? Ela estava prenha”. Diz um dos dois.
André sai do quintal e vai se encontrar com os meninos.
“O mais engraçado é que o pai não é o Téco, os três filhotes nasceram com o mesmo dedinho esquisito na pata de trás, iguais aos do Volponi”
“Ele deixou esse presente pra você cara, o Volponi era o melhor” comenta Matheus.
Então, os três se viram e olham para a esquina, vem chegando Roberto, com sua guitarra nas costas, e de mãos dadas com Renata!
“E ai pessoal, vocês conhecem a Rê né, a gente tá namorando” diz Roberto.
“Bom, eu vou ensinar ela a tocar guitarra, mais tarde apareço aqui de novo”.
O Episódio finaliza com Matheus tentando vender uns quadrinhos pra André, justificando que vai juntar dinheiro para pagar a inscrição da faculdade, “Se eu arrumar um diploma, eu terei mais chances de subir na vida e também de namorar a Cris”.

FIM