segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Pessoas invisíveis...

Que estranho, por volta de 2012 e 2013 (principalmente) eu criei postagens programadas pro futuro, imaginando como seria se depois que eu morresse algum dia, as postagens começassem a pipocar esporadicamente anos depois. 
Bom, tirando o fato de que eu ainda estou vivo, e que esqueci de renovar as datas, as mensagens realmente pipocaram, só que ninguém leu, então que fiquem aí registradas, um dia se eu morrer, vai que alguém acha né?

Muita coisa mudou? não, acho que não.

A merda da pandemia rolou, muita gente morreu, e eu tô aqui ainda, mas... não querendo desrespeitar a memória de quem se foi, ou a de quem perdeu alguém, não me sinto vivo já faz muito tempo. Não é drama não, eu realmente sinto, após tanto tempo, que meu espírito se quebrou em algum momento, momento esse que eu sei muito bem quando foi.

Quem é que pagou por isso? sim, porque eu fui quebrado, mas os anos vão passando, as pessoas vão me conhecendo, e eu acabo me afastando delas, essas pessoas pagam o preço, elas que não tem culpa e nada a ver com o que aconteceu comigo.
Eu trato todo mundo bem, eu não me tornei uma pessoa ruim ou sei lá, eu apenas não sinto alegria mesmo, e se acontece por alguma razão de eu conhecer alguém, eu acabo me fechando.

A dor não é física, mas não dá pra superar, por mais que já tenha se passado 10 anos, ano que vem vai fazer 10 anos que eu senti o mundo sair debaixo dos meus pés, tem dia que é complicado, eu lembro direitinho, e... eu poderia ter superado tão rápido quanto alguém que perdeu um ônibus supera ao pegar o próximo, mas esse ônibus no caso levou o meu coração com ele e me largou vazio no ponto esperando o próximo.

Eu por mais horrível que isso seja, não consigo culpar a motorista, aqui dentro continuo sentindo falta dela.


Nenhum comentário: